Num vasto currículo constam filmes como «Aniki-Bóbó», a primeira longa-metragem que fez, em 1942. A última é, para já, «Cristóvão Colômbo, o Enigma» de 2007.
Manuel de Oliveira nasceu no Porto no dia 11 de Dezembro de 1908. Estudou no Colégio Universal no Porto e no Colégio de Jesuítas perto de La Guardia, na Galiza. A sua juventude foi dedicada ao desporto. Foi no atletismo que conseguiu brilhar, os bons resultados não foram o suficiente para travar a sua paixão pelo automobilismo e pela vida boémia. Aos 20 anos ingressou na escola de actores de cinema e participou como figurante no filme «Fátima Milagrosa», de Rino Lupo. Como actor participou no segundo filme sonoro português, «A Canção de Lisboa». Só mais tarde, em 1942, se aventuraria na ficção como realizador. «Aniki-Bóbo» foi o primeiro grande filme, um retrato da infância no cru ambiente neo-realista da Ribeira do Porto.
Ao longo da sua carreira como cineasta realizou inúmeras curtas e longas metragens. Sobre os seus filmes disse sempre que só os cria pelo gozo de os fazer, apesar dos vários prémio e galardões em festivais como Cannes, Veneza, Montreal entre tantos outros.
No dia em que comemora 100 anos a descrição mantém-se e vai passar o dia em gravações. Está a rodar o filme «Singularidades de uma Rapariga Loura» que deverá estrear no Festival de Cinema de Berlim. Aos 100 anos Manuel de Oliveira apresenta mais um projecto. Em Fevereiro espera rodar o filme o «Estranho caso de Angélica».
2 comentários:
Há homens com "H" grande, e este é um deles ao lado de José Saramago que também ontem celebrou o 10º aniversário do recebimento do Prémio Nobel... falhas-te gui.
Mas como ia dizendo, este Homem de 100 faz ver a 5 de 20 como é possível trabalhar em vez de ficar à sombra dos contribuintes à espera de subsídios.
Ponham os olhos na sabedoria e na experiência de quem sabe.
Parabéns ao nosso Grande
realizador!
Tens razão Sardinha... passou-me um pouco ao lado, mas nunca é tarde para lembrar quem merece ser lembrado por aquilo que faz de bom. E pelos vistos temos dentro de portas quem faça muito, para mostrar lá fora quem nós somos afinal e daquilo que somos capazes.
Bem hajam os glórias de Portugal.
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